Rejane Maciel, esposa do prefeito Wellington Maciel, é acusada de intimidar sindicalista após questionamentos sobre o sumiço de R$ 2,6 milhões do FUNDEF
Em mais um escândalo que sacode Arcoverde, a primeira-dama e Secretária de Assistência Social, Rejane Maciel, foi acusada de ameaçar de morte o presidente do SINTEMA, Caio Magalhães. As intimidações teriam ocorrido após Magalhães questionar publicamente o desaparecimento de R$ 2.598.120,14 em recursos dos Precatórios do FUNDEF, destinados à educação municipal. O caso expõe a crise ética da gestão Wellington Maciel, já marcada por suspeitas de desvio de verbas públicas, abandono da cidade e planos de evasão do país pelo prefeito.
As recentes ameaças de morte dirigidas ao presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Arcoverde (SINTEMA), Caio Magalhães, supostamente pela Secretária de Assistência Social e primeira-dama, Rejane Maciel, são profundamente alarmantes e inaceitáveis. Essas intimidações ocorreram após Magalhães questionar publicamente o desaparecimento de R$ 2.598.120,14 dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), destinados ao município.
A postura de Rejane Maciel, caso confirmada, não apenas fere os princípios democráticos, mas também evidencia um comportamento autoritário e repressivo contra aqueles que buscam transparência na gestão pública. É inadmissível que uma figura pública, ocupando posição de destaque na administração municipal, recorra a ameaças para silenciar vozes críticas.
Além disso, a gestão do prefeito Wellington Maciel tem sido marcada por uma série de irregularidades e descasos com a população de Arcoverde. A cidade enfrenta um estado de abandono, com ruas esburacadas, acúmulo de lixo e serviços públicos ineficientes. Os servidores municipais sofrem com atrasos salariais, e há denúncias de perseguição política contra aqueles que ousam questionar a administração vigente.
As suspeitas de que o prefeito estaria adquirindo uma vinícola em Portugal, planejando mudar-se para o exterior após o término de seu mandato, apenas reforçam a percepção de que os recursos públicos estão sendo desviados para interesses pessoais. Essa possível evasão levanta sérias questões sobre a responsabilidade e o compromisso da atual gestão com o futuro de Arcoverde.
É imperativo que as autoridades competentes investiguem rigorosamente o desaparecimento dos recursos dos Precatórios do FUNDEF e as denúncias de ameaças feitas por Rejane Maciel. A impunidade não pode prevalecer diante de atos que atentam contra a integridade das instituições democráticas e o bem-estar da população.
A sociedade arcoverdense merece respeito e transparência por parte de seus governantes. A tentativa de silenciar opositores através de intimidações é uma prática retrógrada que não condiz com os valores de uma administração pública ética e responsável. É hora de exigir mudanças concretas e responsabilização daqueles que, ao invés de servir ao povo, utilizam-se do poder para benefício próprio.
Para além das ameaças: O histórico de Rejane Maciel
Rejane Maciel, primeira-dama e Secretária de Assistência Social de Arcoverde, tem sido figura central em diversos escândalos que abalam a administração municipal. Sua atuação é marcada por denúncias de perseguição política, uso indevido de recursos públicos e comportamentos que suscitam questionamentos éticos.
Um dos episódios mais emblemáticos envolve o projeto "Costurando Vidas", localizado no bairro Jardim da Serra. Após uma visita da candidata Madalena Britto ao local, Rejane Maciel determinou o encerramento abrupto das atividades do projeto, afetando diretamente mulheres em situação de vulnerabilidade que dele dependiam. Essa ação foi interpretada como uma clara retaliação política, evidenciando o uso da máquina pública para fins pessoais e eleitorais.
Além disso, a gestão de Rejane Maciel na Secretaria de Assistência Social é alvo de críticas severas. Sua nomeação para o cargo, sucedendo Patrícia Padilha, foi vista como uma manobra para consolidar o poder familiar na administração municipal. Sua atuação na pasta tem sido questionada por falta de transparência e profissionalismo, levantando dúvidas sobre a ética e o uso adequado dos recursos públicos.
Outro ponto controverso diz respeito ao reajuste salarial do prefeito Wellington Maciel, que elevou seus vencimentos de R$ 18 mil para R$ 27 mil mensais. Paralelamente, surgiram informações de que Rejane Maciel recebe remuneração como servidora do Estado de Pernambuco, cedida ao município de Pedra, sem efetivamente cumprir expediente. Essas revelações geraram indignação na população, que enfrenta dificuldades econômicas enquanto observa privilégios questionáveis na cúpula do poder municipal.
Adicionalmente, Rejane Maciel foi alvo de críticas por parte do presidente da Câmara de Vereadores de Arcoverde, Weverton Siqueira, conhecido como Siqueirinha. Ele a acusou de ostentar luxo nas redes sociais enquanto a população sofria com a precariedade dos serviços públicos. Embora Rejane tenha acionado a justiça por danos morais, a ação foi julgada improcedente, reforçando a percepção pública de que suas atitudes são incompatíveis com a realidade enfrentada pelos cidadãos arcoverdenses.
Esses episódios delineiam um panorama preocupante da atuação de Rejane Maciel na administração pública de Arcoverde. As denúncias de perseguição política, uso indevido de recursos e comportamentos antiéticos não podem ser ignoradas. É imperativo que as autoridades competentes conduzam investigações rigorosas para assegurar que os princípios democráticos e a ética na gestão pública sejam restabelecidos, garantindo que o poder seja exercido em benefício da população, e não em prol de interesses pessoais.
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