Como a elite financeira e seus aliados sabotam a economia brasileira em nome de interesses estrangeiros e lucros próprios
Por: Álva Rilsa
O mercado financeiro brasileiro entregou, ontem, mais uma performance digna de um teatro de horrores. Num espetáculo cínico de chantagem explícita, assistimos à B3 despencar e ao dólar disparar sem qualquer razão técnica ou econômica plausível. Os números são claros: a economia brasileira apresentou resultados significativamente melhores em 2024 do que no desastroso 2023. O PIB cresceu acima das expectativas, a inflação está sob controle e, ao contrário do que os arautos do caos previam, o desemprego caiu. Mas, para o mercado financeiro, nada disso importa. A lógica que rege a bolsa e os especuladores é a do "quanto pior, melhor", e ontem eles deram mais uma aula prática de como sabotar um país por interesses mesquinhos e transnacionais.
É importante deixar claro o pano de fundo dessa histeria artificial. A economia brasileira, sob o governo Lula, deu sinais claros de recuperação e dinamismo. Investimentos em infraestrutura, políticas sociais robustas e o fortalecimento das relações comerciais com parceiros estratégicos, como a China, mostram um Brasil com protagonismo renovado no cenário global. No entanto, essa recuperação contraria os interesses de uma elite financeira que se alimenta de instabilidade. O mercado, que em outras circunstâncias seria o primeiro a aplaudir resultados sólidos, agora torce o nariz, promovendo uma orgia especulativa que mina a confiança de investidores e corrói a credibilidade do país no exterior. Não se trata de economia; trata-se de política. E, mais especificamente, de sabotagem.
O comportamento do mercado ontem foi um claro recado ao governo. A proximidade do Brasil com a China e outros países latino-americanos, bem como o fortalecimento do Mercosul e as negociações com a União Europeia, estão assustando os EUA e suas marionetes no mercado financeiro brasileiro. O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos só exacerbou esse cenário. Trump e sua visão de mundo míope enxergam qualquer fortalecimento da integração latino-americana como uma ameaça direta à hegemonia americana. E o mercado brasileiro, em alinhamento servil a esses interesses estrangeiros, reage promovendo o caos, numa tentativa desesperada de manter o país submisso à lógica do capital internacional.
Não bastasse isso, o Banco Central, sob o comando do bolsonarista Roberto Campos Neto, segue desempenhando o papel de sabotador interno. A política de juros altos, que deveria ter sido abandonada há meses, é mantida artificialmente, mesmo diante de sinais claros de desaceleração inflacionária. A desculpa esfarrapada de "prudência monetária" já não convence nem os mais ingênuos. A verdade é que Campos Neto e sua turma têm interesses claros: proteger os ganhos estratosféricos dos rentistas, que vivem à custa da asfixia da economia real. Para esses especuladores, um Brasil em recuperação econômica é um problema, porque significa menos dependência dos juros abusivos que enriquecem a casta financeira à custa do trabalho do povo.
A queda da bolsa e a alta do dólar ontem não foram apenas uma reação exagerada a algum fato novo — até porque não houve nenhum. Não houve crise internacional, não houve deterioração fiscal, não houve alteração nas projeções de crescimento. O que houve foi uma coreografia bem ensaiada de um mercado que se recusa a aceitar a soberania brasileira sobre suas próprias escolhas. É um mercado que exige submissão total e irrestrita, que não tolera um governo com projeto nacional, que não aceita que o Brasil construa relações mais equilibradas no comércio internacional. O verdadeiro motivo do mau humor é o temor de perder privilégios.
Ironia das ironias, o mesmo mercado que aplaudiu de pé a condução da economia durante o governo Bolsonaro — mesmo com explosão de dívidas, inflação galopante e degradação social — agora faz birra diante de resultados positivos. O mercado financeiro, esse ente etéreo que dizem ser racional, é, na verdade, um conglomerado de interesses mesquinhos, guiados por ganância desmedida e por agendas políticas. Não é à toa que a reação de ontem veio no momento em que o Brasil começa a consolidar parcerias estratégicas com países que desafiam a hegemonia americana. A histeria tem um endereço claro: enfraquecer o governo, minar a economia e preservar os privilégios da elite financeira.
É impossível não destacar o papel da mídia nessa novela de terror. Veículos de comunicação alinhados aos interesses do mercado amplificaram o pânico, dando manchetes alarmistas que só serviram para alimentar o frenesi especulativo. A falta de compromisso com a verdade e com a análise responsável dos fatos é um desserviço ao país. Ao invés de contextualizar os números e explicar ao público que os fundamentos da economia brasileira estão sólidos, a mídia preferiu a narrativa fácil do "mercado em pânico", como se isso fosse um fenômeno natural, inevitável.
É hora de encarar o mercado financeiro pelo que ele é: um clube fechado de privilegiados que não se importa com o futuro do país, desde que seus lucros estejam garantidos. A chantagem de ontem foi apenas mais um capítulo dessa história sórdida, em que especuladores e seus aliados fazem de tudo para sabotar o Brasil. Mas o país não pode mais se curvar a essa lógica. É preciso enfrentar essa elite financeira com coragem, regular o mercado, democratizar o acesso ao crédito e, acima de tudo, colocar a economia a serviço do povo, e não de um punhado de rentistas.
Se o mercado financeiro acha que pode ditar os rumos do Brasil, está na hora de o Brasil mostrar que não se submete. O espetáculo de ontem não é apenas uma afronta ao governo Lula; é uma afronta ao povo brasileiro. E o povo não pode aceitar calado.
Texto brilhante e corajoso! A gente precisa de mais vozes como essa para enfrentar a narrativa do mercado e de seus capachos na imprensa. Não liga pra esses comentários moça! Continua!
Quem essazinha ai acha quem é? O mercado não tem culpa de nada. A culpa é desse governo que só pensa em gastar e agradar os amiguinhos da esquerda. Jornalista PTralha!
Impressionante como esse texto expõe o que muitos de nós já percebemos, mas não vemos na mídia. O mercado financeiro é um câncer na economia brasileira.
Esse texto é um festival de desinformação. O mercado só reflete a realidade de um governo incompetente.
Essa crítica é necessária! Enquanto eles brincam com a economia, quem paga a conta somos nós, trabalhadores.